Eu não sei conviver comigo mesma, conviver com essa dualidade de
sentimentos. Esse amar e odiar a mim mesma e as coisas a minha volta ao
mesmo tempo. Eu queria ser feliz ou, pelo menos, conseguir viver, passar
os dias sem precisar de anestesia. É sempre nos momentos inoportunos
que ela volta, me levando ao fundo do poço de novo, me fazendo odiá-la e
amá-la como se fosse eu, me fazendo querer o nada de volta mas,
querendo que ela fique para que eu sinta o que me resta de sentimentos,
porque é só isso que me sobrou: o vazio no peito e as lembranças de uma
época feliz, que parece tão distante e me fazem chorar e perder a
vontade de viver por saber que nada daquilo tem volta.
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