Hoje eu estava com o
coração apertado, olhando pra baixo, precisando de um abraço. Precisei
aumentar meus fones no último volume pra abafar aquele silêncio que
gritava cortando meu coração. Olhei pros lados, não sabia, não tinha pra
onde correr. Resolvi ir pra varanda, me debrucei no parapeito e senti
uma lágrima escorrendo pela minha face. Resolvi pedir ajuda para as
estrelas. Só uma ou duas brilhavam timidamente no céu negro das dez da
noite, se escondendo atrás de uma neblina que vinha anunciando que essa
noite não seria das mais quentes. Elas pareciam se esconder de mim,
pareciam me virar as costas e ignorar toda a angústia que cismava em
brotar dentro do meu coração. Mais lágrimas. Olhei mais pra cima, e vi a
lua cheia, majestosa, espalhando luz. Parecia até um sinal. Um sinal de
que não ia ser fácil, mas ia ficar tudo bem. Enxuguei as lágrimas,
respirei fundo. Entrei em casa e fechei a porta. Antes de ir dormir,
olhei de novo para a lua. Ela continuava lá, brilhando. Devia mesmo ser
um sinal. Fechei meus olhos e adormeci. Profundamente.
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